segunda-feira, 15 de abril de 2013

Junta de Província do Algarve - Centenários


 Boletim da Junta de Província no formato de 24,5 X 30,5 cm que refere as Comemorações Centenárias no Algarve.

A síntese histórica da Província é assinada pelo algarvio Mário Lyster Franco e ilustrada pelo brasão de todos os concelhos que constituem o distrito.

Na Exposição de Arte Sacra e em Utensílios de Altar, estiveram presentes: (13) - Cálix – de prata dourada, mandado vir por D. Francisco Gomes. P. à freguesia de Martinlongo, (22) – Custódia-cálix da freguesia de Martim-Longo. No género das precedentes mas mais ornada, (25) – Custódia-cálix da freguesia de Giões. Tamanho médio. Campainhas pendentes do ostensório.”  Como Utensílios de Culto o concelho de Alcoutim fez-se representar: (14) – Cruz paroquial de Giões, de prata lavrada. Antiga. (15) – Cruz paroquial de Martim-Longo. De prata lavrada. Antiga. (20) – Palio branco - da igreja de Martim-Longo. Uma colcha da Índia a que se aplicaram sanefas, formando assim o palio. Quanto a Vestes Sagradas a representação fez-se por (8) Paramento para missa cantada – tecido persa com fundo branco. Muito antigo. Composto de casula, dalmáticas, pluvial, estolas e manípulos, bolsa de corporais. Pertence à igreja de Giões. (9) Véu de ombros – de lhama branca, com aplicações de lhama de outras cores e bordados a ouro, feitos à cerca de um século (1840) na própria freguesia de Giões, a que pertence (11) – Casula de brocado de prata sobre fundo de um formoso rosáceo. Pertence à freguesia de Martim-Longo. Por último e relativo a Roupas de Altar – (17) – Frontal branco. Tecido oriental. Pertence à freguesia de Giões.

Admira-nos de não haver nada em exposição das três restantes freguesias, Vaqueiros, Pereiro e Alcoutim, principalmente desta última.

O texto que se apresenta é assinado pelo P. José António Pinheiro e Rosa..

No artigo “Os Arquivos Municipais do Algarve e a Restauração”, assinado por Alberto Iria, transcrevemos o seguinte parágrafo: - De Alcoutim, onde as campanhas da Restauração mais duramente se fizeram sentir no Algarve, sobretudo na de 1642, pelo constante duelo de artilharia com o castelo fronteiriço de S. Lucar do Guadiana, sabemos que, de 1833 – 1834 “ as guerrilhas das lutas liberais inutilizaram, pelo incêndio, todos os arquivos existentes na sede deste concelho.

Na conclusão 10 o autor refere: A luta no Algarve gira em torno das praças fronteiriças de Alcoutim e Castro Marim sobretudo na campanha de 1642.

Em O Algarve sob o ponto de vista pecuário, o autor, Eduardo Gomes Calado, refere em Alcoutim a existência da sub-raça bovina Mertolenga e os ovinos merinos, principalmente, bordaleiros.

Luís Chaves em “As Estradas Arcaicas do Algarve” indica vestígios romanos em Martim-Longo, Cortes Pereiras e Alcoutim.

Nas “Notas sobre as Amendoeiras”, o autor refere... algumas plantações junto de Alcoutim, de produção bastante precária.

Dos objectos de Arte Sacra expostos só conhecemos a Cruz Paroquial de Giões, uma linda peça de prata lavrada, o que teve lugar haverá 30 anos.

A execução gráfica foi da responsabilidade de Bertrand (Irmãos), Lisboa, 1942.

Resta-nos dizer que o livro foi-nos transmitido, entre outros, por nosso pai. Mandámo-lo encadernar, tem lombada e cantos de carneira e é um trabalho artesanal.