segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Rua da Misericórdia



 A Câmara Escura é uma das rubricas deste espaço com mais “postagens”e visitas, havendo mensagens que são das mais visitadas entre todas as publicadas.

Para que se possa manter com interesse esta rubrica é necessário que apareçam colaboradores que disponibilizem as velhas fotos que guardam em álbuns, como recordação de tempos passados.

Além das nossas com que abrimos a rubrica, têm aparecido, felizmente, colaborações importantes que nos têm permitido mantê-la com vigor.

Quis aderir a esta colaboração o alcoutenejo José Francisco Cavaco que nos enviou treze fotografias com alguns anos de existência e que marcam uma época de Alcoutim.

Vamos hoje publicar a primeira a que demos o título de RUA DA MISERICÓRDIA.

Esta rua, no seguimento da das Portas de Mértola, com a de D. Sancho II (antiga Portas de Tavira) e prolongamento na do Dr. João Dias, constituíam a estrutura básica viária do burgo medieval, desembocando no indispensável largo (praça), local do poder político-administrativo e comercial.

Até agora nunca esse espaço no decorrer dos séculos tinha sido tocado, o que aconteceu recentemente, pois tratava-se de algo indispensável e de convergência para a vida da vila

Apesar da falta de local para a construção, nunca ninguém tinha ousado suprimir a “praça” ou a “ribeira”.

Reparar que até as pequenas povoações, aqui designadas por montes, têm quase sempre um espaço com estas características a que chamam terreiro, onde chega hoje o comércio ambulante e antigamente se reunia o povo quando disso tinha necessidade, como por exemplo nos seus folguedos.

A fotografia é tirada da Rua da Parada e a pouca prática do “fotógrafo”cortou os pés mas não deixou de mostrar o castelo de Sanlúcar.

Os quatro jovens alcoutenejos (um deles efectivamente não o era) têm todo o tipo de andar passeando e foram interromper o trabalho de outro amigo que recolhia o entulho, não de veículo motorizado como se faz hoje, mas de burra e através da quase desaparecida gorpelha, das obras de restauro que se estavam realizando nas casas de residência da família Madeira.

Além de quem nos cedeu a fotografia que presumo transportar um rádio a pilhas, encontra-se o nosso colaborador Amílcar Felício. O trabalhador é o alcoutenejo José de Horta, já falecido.

A mocinha que aparece encoberta, parece-nos ser uma das filhas de Maria Tomásia, recentemente falecida. Ao fundo e em frente da residência que foi de Luís Corvo duas jovens que presumimos serem as filhas de António Luciano.

E é tudo o que nos oferece comentar.