quarta-feira, 13 de junho de 2012

Esquila


Foi mais um termo que aprendi no concelho de Alcoutim e não há muitos anos.

Omisso em vários dicionários da Língua Portuguesa que consultei, aparece-me no “Dicionário Editora” de Almeida Costa e Sampaio e Melo, 5ª Edição, 1977 e tendo como um dos significados, pequeno chocalho, precisamente o que já conhecia.

No Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea – Academia das Ciências de Lisboa – Verbo, 2001, é apresentado com o mesmo significado e como um regionalismo próprio do Alentejo.

Não admira que o Dicionário do falar Algarvio, de Eduardo Brazão Gonçalves, 1ª Edição, 1988 o traga com o mesmo significado. É óbvio que assim aconteça, pois o Baixo Alentejo confina com o Algarve e daí a troca de muitos termos e até alguns usos e tradições, principalmente com a Serra Algarvia que quando vai ao Litoral diz que vai ao “Algarve”.

A configuração da esquila assemelha-se mais a um sino do que a um chocalho, pois a “boca” é mais larga que a parte restante, enquanto no chocalho, é de uma maneira geral igual ou mais estreita.

A liga do material de que é feito também é diferente da utilizada nos chocalhos.

As esquilas que são, de uma maneira geral, de pequenas dimensões, utilizam-se em animais de menor corporatura como o gado caprino ou ovino e nos guias. O seu toque característico identifica o local onde se encontram.

Enquanto nos chocalhos os badalos constituem normalmente peças de madeira (azinho), aqui são redondos e do mesmo metal.

Os pescadores à linha em Alcoutim utilizavam-na presa a um arame dando assim sinal ao pescador, quando o peixe picava.