segunda-feira, 19 de março de 2012

D. Miguel Luís de Meneses, 1º Conde de Valadares, neto do 5º Conde de Alcoutim, do mesmo nome

D. Miguel Luís de Meneses era filho de D. Carlos de Noronha, Comendador de Marvão na Ordem de Avis e presidente da Mesa da Consciência e Ordens, um dos Conjurados e de D. Antónia de Meneses, filha legitimada de D. Miguel Luís de Meneses, 5º Conde de Alcoutim, seu avô materno a quem foi buscar o nome.

Nasceu em 1638, por isso, dois anos antes da Restauração.

O título criado pelo rei D. Pedro II de Portugal, por carta régia de 20 de Junho de 1702, o que veio a pôr cobro a uma longa questão jurídica encetada por D. Carlos de Noronha.

Foi acordado que ficaria pertencente do novo condado certas rendas em Leiria, sucedendo nos bens da Casa de Vila Real doadas a sua mãe pelo avô e sendo comendador de São João da Castanheira, São Gião de Montenegro e da Granja de Alpiarte, na Ordem de Cristo.

Casou aos 16 anos com D. Madalena de Lencastre e Abranches, filha herdeira de D. Álvaro de Abranches da Câmara que foi conselheiro de Estado e Governador de Armas da Província do Minho e Beira e de sua mulher D. Maria de Lencastre, filha do 4º Barão de Alvito, D. João Lobo.

Deste matrimónio nasceram seis filhos, sendo o primogénito D. Carlos de Noronha, tal como o avô, herdou o título e veio a ser assim o 2º Conde de Valadares. D. Álvaro de Abranches, nascido a 7 de Junho de 1661, foi um dos seus filhos que mais se notabilizou. Entre outros cargos, exerceu o lugar de Bispo de Leiria não tendo aceite o de Arcebispo de Évora com que D. João V o pretendeu distinguir.

No séc. XVII, o Palácio de Valadares em Lisboa estava na sua posse habitando-o com a esposa desde o casamento, tendo aí falecido em 1 de Fevereiro aos 76 anos, foi sepultado no jazigo de família no vizinho Convento do Carmo.

Neste palácio continuaram a viver os Condes de Valadares até 1755, ano em que sofreu os efeitos do terramoto e teve de ser reconstruído, obra mandada realizar pelo 6º Conde e concluída em 1785.

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História Genealógica da Casa Real Portuguesa, António Caetano de Sousa, Edição QuidNovi/Público – Academia Portuguesa da História.

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