segunda-feira, 13 de junho de 2011

A erva-luísa



É o nome mais vulgar e conhecido em todo o concelho de Alcoutim. Dão-lhe, conforme as zonas outros nomes como: lúcia-lima, limonete, bela- luísa, doce-lima, erva-heloísa e outros.

É planta originária da América do Sul tendo sido introduzida na Europa no século XVII pelos portugueses e espanhóis.

É um arbusto perene que exala forte aroma alimonado, gosta da exposição ao sol e sofre com o frio. Folhas lanceoladas de cor verde-pálido, flor branda que aparece em Agosto ou Setembro conforme o lugar em que está exposta.

Espalha-se por todo o sul da Europa e tem em Marrocos o seu principal produtor.

Ainda que seja usada na culinária, na doçaria e na perfumaria, não é isso que acontece em Alcoutim onde é só utilizada como chá.

O chá de erva-luísa é tomado principalmente pelas suas propriedades digestivas e atenua o desenvolvimento de gases intestinais.

Tem propriedades relaxantes, combate o nervosismo e as insónias.

Mais propriedades lhe são atribuídas, sendo considerada por muitos como miraculosa.

Esta planta é extremamente vulgar em todo o concelho de Alcoutim e estamos convencidos que existirá pelo menos uma em cada “monte” que abastecia toda a população, pois à mais pequena enxaqueca tomava-se logo um chá de erva-luísa .

Ainda que como regra os chás devam ser feitos com as folhas secas à sombra, quando as plantas têm folhas os alcoutenejos preferem utilizá-las assim.

Durante muitos anos as mezinhas caseiras eram o único recurso que os alcoutenejos possuíam para debelar os seus males de saúde e daí este chá ainda resistir tal como mais alguns que possivelmente viremos a referir neste espaço.

Pela nossa parte possuímos o nosso arbusto de erva-luísa e cá em casa não faltam as folhas secas.