terça-feira, 15 de setembro de 2009

O poço da praça ou da cadeia


[O poço situava-se no local "sombreado" da fotografia. Foto JV, 2009]

Parecerá estranho falar em tal, mas indicá-lo consideramos um dever.

Como o nome indica, situava-se na actual praça da República, mesmo em frente da desaparecida cadeia, uma das edificações mais antigas da vila.

Ninguém se lembra de estar desentulhado, mas os mais velhos ouviram falar dele aos seus avós.

Se tivéssemos prendido a nossa atenção no empedrado, verificávamos com facilidade um leve abaulamento da calçada, de forma circular, que nos indicava a secção do seu bocal.

Dentro da vila, só conhecemos a existência de outro, na residência condal.

Em tempos recuados, quando Alcoutim era cercado de muralhas, em situação de ataque, parece-nos que este poço representaria a tábua de salvação para fornecer o precioso líquido, auxiliado pelo já referenciado (seria potável a água?) e por algumas cisternas, nomeadamente a do castelo, referida por Pinho Leal, há muito entulhada mas ainda não identificada em escavações.

Nas suas proximidades situou-se o pelourinho da vila, hoje “sepultado” no cais velho.

Com as várias transformações operadas, incluindo as do piso, ficará este pequeno apontamento para o lembrar.

Nota – Texto extraído da 2ª Edição em preparação de, Alcoutim, Capital do Nordeste Algarvio (Subsídios para uma monografia).