sexta-feira, 13 de março de 2009

"Prisões" de gado


Os arqueólogos têm identificado em várias construções castrejas, embutidas nas paredes, argolas de pedra onde se amarrava o que quer que fosse, admitindo-se neste caso os animais.

Alguns exemplares deste tipo encontram-se depositados em museus.

Essas “prisões” foram-se adequando e ajustando às novas realidades e tecnologias, no decorrer dos tempos.

Depois da utilização da pedra, umas vezes perfurada, outras originando uma espécie de espigão, de estrutura sólida, que teria de ser o mais forte possível, para que se pudesse amarrar bem a corda (arreata), sem possibilidade de se safar, passou-se depois à trabalhada argola de ferro segura por cravejamento efectuado em pedra resistente.



Muitas pessoas colocavam”prisões” nas paredes das suas casas para aí amarrarem as bestas quando era necessário.

Nos locais de maior assiduidade era uso a sua existência, como acontecia junto dos estabelecimentos comerciais mistos, que proliferavam por aldeias, vilas e por vezes cidades, junto das fontes, nas forjas onde trabalhavam os ferreiros que normalmente também eram ferradores.


Apresentamos aqui alguns tipos de prisões existentes no concelho de Alcoutim.

Penso que ainda existirão várias “prisões” deste género, certamente sem estarem inventariadas e fotografadas. É que este trabalho tem dois inconvenientes: é preciso ter sensibilidade para o mandar executar e, … não dá votos!